Passeios no Peru: City Tour e Valle Sagrado

Leia qualquer relato de viagem sobre o Peru e veja que esses dois passeios vão estar lá: City Tour e Valle Sagrado. São dois tours baratos e fáceis de contratar, que praticamente todo turista faz.

Em Cusco existem milhares de agências de turismo que oferecem esses passeios. Você até pode contratar antecipadamente antes de ir, mas não é necessário, pois é muito fácil fechar os pacotes estando lá. E o melhor: sempre dá pra pechinchar, ainda mais se estiver em um grupo de amigos/família. Vou falar sobre cada um e o que você pode esperar deles.

City Tour

Para começar, é importante saber que esse passeio dura apenas uma tarde, começando às 14h (tem que chegar às 13:30 na agência ou ponto de encontro) e acabando ao anoitecer. E apesar do nome ser City Tour, de city ele não tem muita coisa, pois logo sai de Cusco e vai para os arredores.

Parede dos templos em Qorikancha

Parede dos templos em Qorikancha

Preço: 15 soles. Nisso está incluído o ônibus com guia. Fora isso, para entrar nos lugares você precisa comprar o Boleto Turístico, que custa 130 soles o completo. Vale a pena comprar o Boleto completo se você vai fazer o City Tour e o Valle Sagrado, pois comprando as entradas separadas, ficaria mais caro. Esse Boleto é comprado no prédio da Municipalidad, que fica na av. El Sol, a uma ou duas quadras da Plaza de Armas, região bem central e fácil de achar.

Então você paga o preço do tour, mais o preço do Boleto Turístico, mais 10 soles de taxa no Qorikancha. No fim do passeio há uma parada numa pequena rua onde há várias lojinhas de roupas de lã de alpaca e jóias de prata, além de outros artesanatos. Claro que as agências ganham uma comissão por levar os turistas lá, né. Aqui encontrei camisetas do Peru por 18 soles, enquanto no centro de Cusco estavam por 30.

Roteiro: O roteiro varia muito pouco em cada agência, mas no geral é o seguinte:

Qorikancha (paga-se 10 soles extras) - São vários templos de pedras, e ujm museu com obras de arte, objetos. Geralmente o lugar fica bem cheio de grupos de turistas, por isso essa parte é mais difícil de “curtir” bem o lugar e se concentrar nas explicações. Essa parte do passeio dura cerca de 1 hora.

Saqsaywaman - Fica num lugar mais alto e um pouco afastado de Cusco. São várias pedras gigantes montadas perfeitamente. Alguns falam que era uma fortaleza, mas o nosso guia disse que não, que eram templos. A maior pedra pesa 70 toneladas. Não é permitido subir em determinados lugares. O sítio é bem extenso, dá pra andar e explorar um pouco, porém venta muito e faz frio. Aqui é celebrada a festa tradicional Inti Raymi, todo 24 de junho, que atrai milhares de peruanos e turistas.

Q’enqo - Saindo de Saqsaywaman, andamos mais um pouco com o ônibus, mais subida por uma estradinha com eucaliptos do lado, e chegamos a outro local de visitação, esse bem menor, o destaque aqui é uma pedra onde eram feitos sacrifícios. Para ver essa pedra passamos por uma espécie de “gruta” de pedra bem apertada e escura, e temos que andar rápido, os guardas não deixam que ninguém demore lá tirando fotos.

Puka Pukara - Agora sim uma fortaleza, o nome significa “fortaleza vermelha”. Em Puka Pukara a vista é vinda, ainda mais quando vai chegando o por do Sol. Mas infelizmente nem todas as agências param nesse local, a minha não parou, alegando falta de tempo (deviam começar o passeio mais cedo então!). Por isso, não posso falar mais sobre esse local. Passamos direto por ele e paramos no próximo, que é bem perto.

Tambomachay - Caminhamos por uma estradinha de pedras, com algumas peruanas vendendo artesanato, e algumas com uma lhama ou alpaca toda enfeitada. Não tire foto se você não tiver afim de pagar ou de levar um grito delas por estar fotografando de graça! A atração aqui são as fontes de água. Nesse ponto escureceu e ficou difícil para tirar fotos boas.

Comércio - Claro, as agências pulam alguma atração porque não dá tempo, mas nas lojinhas eles param para os turistas comprarem! Paramos em uma loja de prata, com muita coisa bonita mas preço em dólares… Também tinha muita coisa feita com lã de alpaca, e a vendedora nos ensinou a reconhecer quando é verdadeira ou não. Isso pelo menos foi útil. Nessa rua existem várias lojinhas, você pode sair da que a agência te levou e andar pelas outras. As camisetas e bolsas peruanas são mais baratas aqui do que em Cusco.

Saqsaywaman

Saqsaywaman

Na volta, passamos ao lado de Saqsaywaman, que agora estava toda iluminada, bem bonito!

Minha conclusão sobre esse passeio: é muito corrido. Dá pra ter uma noção geral de tudo, mas se quiser ter tempo de conhecer bem, tirar fotos e apreciar os lugares, faça sozinho sem agência. Pelo valor, vale muito a pena, pois 15 soles é bem pouco para todo o caminho que se percorre.

Valle Sagrado

Passeio lindo e, na minha opinião, imperdível. Mesmo com a correria que são esses tours fechados, dá pra aproveitar o passeio e se impressionar com as lindas paisagens. O que fica é a vontade de voltar e conhecer melhor aquela região!

Vista do Mirador Taray

Vista do Mirador Taray

O preço: O valor do passeio Valle Sagrado é 25 soles, que compreende o ônibus e o guia. Caso você fique em Ollantaytambo e não vá a Chinchero, pode pedir 5 ou 10 soles de desconto. O almoço custa em média 25 soles, mas você pode levar lanches se quiser economizar. Eu achei que o almoço valeu a pena.

O roteiro: Ao contrário do City Tour, esse passeio começa pela manhã, lá pelas 8 ou 9h. O ônibus sai recolhendo vários turistas de várias agências, e se afasta da cidade.Também há variação nas paradas. Vou citar as paradas que a minha agência fez:

Mercado de Artesanato de Ccorao, Mirador Taray, Ruínas de Pisac, Almoço em Urubamba, Ruínas de Ollantaytambo, Chinchero.

A primeira parada é em um mercado de artesanato na comunidade de Ccorao, ficamos lá mais ou menos 20 minutos, tem muitas lojinhas com basicamente os mesmos produtos, aqui também é mais barato do que no centro de Cusco. Depois, uma parada rápida no Mirador Taray para apreciar a vista (um povoado abaixo, um rio e ao fundo as montanhas com picos nevados) e seguimos para Pisac. Para chegar lá em cima passamos por estradinhas curvas, margeando montanhas e casinhas. Ao chegar, passamos pelos vendedores, com seus produtos estendidos, oferecendo aos turistas uma infinidade de chapéus, mantas de lã, artesanato. Eu tive que comprar um chapéu (10 soles) porque o sol estava bem forte.

Entrada para as ruínas de Pisac

Entrada para as ruínas de Pisac

O passeio por Pisac é incrível, o lugar é enorme, e dá vontade de ficar mais tempo lá. Pra falar a verdade, esse passeio com agência não dá tempo de subir em descer em tudo, você não pode ficar parado muito tempo tirando fotos. Tem que correr pra acompanhar o grupo. Eu basicamente perdi toda a explicação porque não quis ficar seguindo o grupo e me afastei.

Depois de Pisac o ônibus segue para a cidade de Urubamba, onde é feita uma parada para o almoço. Este pode estar incluído no seu ticket do passeio ou não. Nós pagamos pelo almoço 25 soles e valeu a pena, pois era um buffet com muita comida gostosa e sobremesa, somente a bebida não estava incluída. Depois do almoço seguimos viagem para Ollantaytambo.

Uma pausa para falar sobre o caminho: vá no assento da janela e aproveite o caminho que acompanha o rio, ora mais estreito, ora mais largo e cheio de pedras, com os pequenos pastos, as casinhas e as plantações. É lindo! Ao longo desse caminho a paisagem vai mudando, a verde começa a aparecer mais, e logo chegamos a Ollantaytambo, uma cidade super charmosa (que merece um post só pra falar dela) onde a principal atração são as ruínas.

Ruínas em Ollantaytambo

Ruínas em Ollantaytambo

Nas ruínas, assim como em cada parada do passeio, o guia vai explicando a história do lugar. E fica o tempo todo falando para ninguém se afastar do grupo, justamente o que mais dá vontade de fazer, porque aquele lugar provoca uma vontade irresistível de se afastar, de explorar os cantos e as vistas, de refletir e conhecer por seus próprios olhos aquele lugar tão incrível. Deve ter sido por isso que eu e minhas amigas nos perdemos do tour e rolou uns 5 minutos de desespero, pois nossas mochilas estavam no ônibus. Mas depois achamos, pegamos as mochilas e o tour seguiu sem nós.

Aqui acaba o passeio para quem vai pegar o trem para Aguas Calientes-Machu Picchu, como foi o nosso caso. Mas para quem continua com o tour, a próxima e última parada é em Chinchero, xxx e depois retorna para Cusco já de noite.

Eu fiquei em Ollantaytambo e passeei um pouco pelas ruazinhas de pedra. Adorei mesmo aquele lugar!

A agência que contratei para esses dois passeios foi a Qoki Inka Travel, fica no mesmo prédio do Museu de Chocolate (na Calle Garcilazo), e o serviço prestado foi bom, não tivemos nenhum problema.

Dá pra fazer sozinho?

Sim! Eu fechei com agência porque era a primeira vez que estava lá, não conhecia o lugar, então achei mais seguro. Mas provavelmente teria aproveitado mais se contratasse um motorista para me levar nesses lugares, pois além de retirar do roteiro os lugares “pega turista” como lojas de prata, poderia ficar mais tempo em cada lugar, andar por onde eu quisesse etc. Em Cusco e nas cidades vizinhas, tudo gira em torno do turismo. É fácil pechinchar e tenho certeza que não ficaria caro fazer esses passeios independente, com um taxista. É só chegar lá, perguntar e pesquisar. A correria dos passeios com agência só é bom para quem tem pouco tempo na cidade e precisa ver muita coisa em pouco tempo.

Pisac. Eu ficaria umas 4 horas lá tranquilo!

Pisac. Eu ficaria umas 4 horas lá tranquilo!

Certificado Internacional de Vacinação - é melhor ter!

Frente do Certificado Internacional de Vacinação

O Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) é exigido em alguns países [veja a lista aqui]. Por isso, não basta tomar a vacina, pois a sua carteirinha de vacinação aqui no Brasil não vai valer fora daqui. Veja as providências a serem tomadas antes de viajar:

1 - Tomar a vacina contra a febre amarela

Tome a vacina normalmente em um posto de saúde, e com a carteirinha, siga para o próximo passo.

Observação: a vacina não dói. Palavra de uma medrosa com agulhas!

2 - Emitir o certificado Internacional

Leve sua carteirinha e um documento até um centro de atendimento da ANVISA, tem em aeroportos e em vários outros endereços, consulte sua cidade [aqui]. Lá, eles emitirão o certificado, que vale por 10 anos, assim como a vacina, e ele fica pronto na hora. Uma dica que eu li no site Viaje na Viagem é a de não colocar o número do seu passaporte no certificado, porque quando o passaporte vencer, você vai fazer outro, então terá que trocar o certificado também mesmo que ele ainda esteja na validade.

Em alguns casos o posto de saúde onde você tomar a vacina já emite o certificado, evitando ter que ir em dois lugares. Informe-se antes para poupar tempo!

3 - Guardar junto com o passaporte

Deixe sempre o certificado guardado junto com o passaporte, para não perder. Mas, como a Lei de Murphy pode te perseguir, em caso de perda é possível solicitar a segunda via no centro de atendimento da ANVISA.

Porque é importante tomar?

Além do motivo principal - para te proteger - é bom tomar a vacina mesmo se você não vai viajar agora para um país que exige. Eu fui para o Peru há 2 meses, e lá não é exigido, mas mesmo assim tomei e agora guardo o certificado junto com o passaporte, porque quando for viajar de novo, não precisarei ficar me preocupando se tal país exige ou não o certificado.

Antecedência

Não esqueça que a vacina deve ser tomada (e o certificado emitido) no mínimo 10 dias antes do início da viagem, então programe-se, não deixe para a última hora! É tudo indolor e grátis, então vale a pena tomar e guardar o certificado, mesmo que você não vá viajar esse ano.

Impedimento

Algumas pessoas não podem tomar a vacina, como mulheres grávidas, bebês com menos de 6 meses, pessoas com alergia a algumas substâncias… Nesse caso elas precisam do certificado de isenção, leia sobre isso [aqui].

Preparativos para o intercâmbio: 5 meses antes

Preparativos para um intercâmbio na Irlanda

Cinco meses parece muito tempo, mas quando você já tomou a decisão faz mais de um ano, parece que falta pouco e tem muita coisa pra resolver!

Estou fazendo aos poucos, mas já com essa antecedência e sempre anotando tudo para não esquecer nada. E sempre pesquisando antes sobre as opções, são elas que me angustiam, as opções! Primeiro passamos pelo desafio de escolher um país, uma cidade, sem nem conhecê-la, na maioria das vezes. E depois temos que escolher uma escola.

A escolha da Irlanda e da escola NED eu já contei [aqui].

De lá pra cá as providências que eu tomei foram:

- Paguei o curso de inglês (6 meses, com 1 ano de visto), em 5 parcelas, já quitadas;

- Comprei a passagem de ida para Roma (vou ficar 10 dias lá antes de ir para Dublin);

- Comprei a passagem de ida de Roma para Dublin;

- Comprei o seguro viagem para a Europa pelo período que vou ficar em Roma;

- Reservei o hostel para me hospedar em Roma, o La Controra;

- Escaneei todos os meus documentos e cartões e deixei guardado no meu e-mail e no da minha mãe;

- Imprimi todos os e-tickets, a reserva e seguro;

- Estou guardando todos os documentos relativos ao intercâmbio em uma pasta (de verdade, de plástico) e no computador.

O que ainda falta? Muita coisa que eu nem consigo listar tudo, mas é mais ou menos isso:

- Comprar a passagem de volta de Dublin para o Brasil;

- Fazer as procurações e deixar com os meus pais;

- Ir ao banco para resolver sobre minha conta e cartões, preciso fazer um só de débito;

- Fazer um cartão pré-pago e carregar com euros;

- COMPRAR EUROS!!

- Comprar 1 ou 2 malas (ainda não decidi de qual tamanho vou levar, por causa da viagem a Itália antes, não vou poder levar 2 malas grandes, por causa do sufoco que seria para carregá-las)

Vou tentar fazer um post a cada mês, contando sobre os preparativos, espero ajudar alguém a não esquecer de nada caso também esteja querendo fazer o mesmo!

Buenos Aires: Puerto Madero (e além dele)

Puerto Madero, Buenos Aires

Puerto Madero é uma região nobre de Buenos Aires que você precisa conhecer num fim de tarde, para passear ao longo das docas, ou de noite, lá pelas 22h, para jantar num dos vários restaurantes.

Puerto Madero era um porto utilizado para descarregar mercadorias e passageiros, mas com o aparecimento de embarcações maiores, ele ficou obsoleto e deixou de ser usado, sendo revitalizado na década de 90. Hoje essa região abriga prédios enormes, um navio-museu, parques, escritórios, hotéis e restaurantes. Um bairro inteiramente reconstruído e revitalizado, que hoje é um dos pontos turísticos da cidade. Tem até um site oficial.

Se estiver perto da av. Corrientes ou Calle Florida, pode descer pra lá à pé. Eu já estava andando desde a Recoleta, e quando cheguei ao Obelisco, fiz a besteira de pegar um táxi porque não tinha pesquisado antes, não sabia que era perto. Mas basta um tênis confortável e você anda quase Buenos Aires inteira. Por exemplo, nesse dia eu visitei todos esses pontos à pé: Livraria El Ateneo, Cemitério da Recoleta, a Floralis Generica, a Faculdade de Direito, o Obelisco, Puerto Madero e a Casa Rosada.

No fim de tarde, ainda estava quase tudo fechado, alguns bares abrindo, mas já tinha muita gente passeando. O vento estava bem forte e fazia uns 10º, era setembro, início da primavera!

Restaurantes em Puerto Madero

Andei até quase o final das docas, dei a volta e fui voltando pelo outro lado, mas na metade do caminho paramos num mercadinho pra comprar um refrigerante e, quando olhamos para a parte de trás, pensamos “O que tem lá atrás? Parece ser legal, vamos ver…” esquecemos o Puerto e fomos andando, chegamos a uma praça enorme, com muita grama e árvores, com hotéis enormes e lindos em volta, pessoas jogando bola, famílias passeando. E mais adiante, uma feirinha de comida e artesanato, um calçadão com mais barracas e até gente dançando.

Costanera Sur

Costanera Sur

Eu nem sabia qual o nome daquele lugar, a gente batizou de “lugar legal atrás de Puerto Madero”. Gostamos porque era um ambiente mais popular, com poucos turistas, várias barraquinhas de comida barata. Tudo isso somando com o clima gostoso e um fim de tarde agradável: adorei o lugar! Ficamos um pouco por ali e foi uma pena não poder ficar mais, porque logo escureceu, as barraquinhas foram fechando e as pessoas foram saindo.

Essa região que conhecemos por acaso é a área da Costanera Sur, fica entre a Reserva Ecológica Costanera Sur e o Puerto Madero propriamente dito. Logo em frente à entrada da reserva tem a Fuente de las Nereidas, feita de mármore.

Fuente de las Nereidas em Buenos Aires

Ali eu comprei um choripan, que é um pão com uma linguiça dentro, muito popular lá. Apesar de ser bem saboroso, a linguiça estava um pouco dura. Quando escureceu, voltamos para a “parte turística” de Puerto Madero, dessa vez caminhamos pela outra margem e atravessamos a Puente de La Mujer, que agora já estava iluminada de azul. O barco-museu estava ancorado lá, e a entrada era, se eu me lembro bem, 2 pesos. Pode ser uma visita interessante.

Fim de tarde em Buenos Aires

Noite em Puerto Madero, Buenos Aires

Saímos de Puerto Madero e aproveitamos para ver a Casa Rosada de noite. Ela fica muito, muito iluminada! Toda rosa e com luzes coloridas nas fontes.Não tem nem como se perder: ali nas docas já dá pra ver… “siga a luz (rosa)”!

Casa Rosada, Buenos Aires

Depois, pegamos o metrô e voltamos para o hostel. Foi um dia inteiro caminhando por Buenos Aires.

Blogs para viajar

Não sei vocês, mas eu quando não estou viajando, adoro ler sobre viagens! E prefiro fazer isso através de blogs e não de revistas de viagem, porque em revista quase tudo é publicidade, ou é sobre um tipo de viagem que não cabe no meu bolso. Então, aproveito os milhares de blogs que existem por aí que trazem muitas fotos, textos e dicas imperdíveis, principalmente daquelas pessoas que viajam com um orçamento baixo, que não ficam em hotéis luxuosos (esses eu nem me dou ao trabalho de ler pra não chorar!)
Claro que os blogs também têm publicidade, mas é menos. E eu prefiro aqueles que deixam bem claro quando o post está sendo publicado por acordo com a empresa tal, e quando é um relato ou experiência pessoal do autor, sem influência de nenhuma empresa ou marca.
Bom, dos vários blogs que eu visito, vou indicar alguns que valem a pena conhecer e já ir viajando junto, planejando a sua viagem ou apenas para se distrair.

Sobre intercâmbio e cursos no exterior

Vida na Irlanda - Este não se foca apenas no intercâmbio, mas é praticamente um guia obrigatório para todos que estão se mudando para a Irlanda, e já que a grande maioria vai pra lá para estudar, tem muitos posts no blog com informações valiosas. Como alugar um apartamento, como legalizar sua documentação, gírias irlandesas, etc. A Tarsila, que escreve o blog, é super atenciosa e sempre responde todas as dúvidas que o pessoal deixa lá.
DR in Dublin - Blog de um casal que foi estudar inglês na Irlanda, também com muitas dicas práticas. Eles acabaram de chegar, então as informações estão bem atualizadas.
Contando as Horas - Essa moça foi estudar em Edimburgo, nas Escócia, e lendo o blog fiquei com vontade de ir estudar lá também! Mas sabe como é, a vida lá é em libra, que é mais cara que o euro, então fico com a Irlanda mesmo. O curso já acabou mas ela continua viajando, então sempre tem coisa nova, além de dicas de viagens para outros países da Europa.

Sobre mochilões e volta ao mundo

360 Meridianos - Três amigos fizeram uma volta ao mundo de mochilão, ficaram alguns meses na Índia, então se você se interessa por esse tipo de viagem, vai encontrar muito material bacana lá.
Ásia de Mochila - Eu juro que nem tenho muito interesse em viajar pela Ásia, e mesmo assim li quase todo esse blog quando o conheci. Esse casal fez a viagem em 2012 e além dos relatos, tem ilustrações lindas que o cara foi fazendo ao longo da viagem, das coisas que via.

Sobre viagens em geral

Viaje na Viagem - Muitas, muitas dicas sobre várias partes do mundo, sobre transporte, hospedagem, passeios, etc. Além do post, há muita informação útil nos comentários que os leitores deixam lá, vale a pena ler.
Matraqueando - Peguei muita dica legal lá quando fui pra Buenos Aires. A autora viaja bastante e tem posts sobre muitas cidades.
Mala de rodinha e necessaire - A autora é muito bem humorada, mora em Londres e dá dicas sobre viagens pela Europa e EUA.
Esvaziando a Mochila - Muitas fotos lindas e informações, esse eu descobri recentemente. Destaque para os posts “Barateie sua viagem cuidando da logística” e “Como evitar sacanagens contra turistas”.
Uma Caravana teatral em São Luís e João Pessoa - Vou aproveitar para divulgar um trabalhinho, pode? O grupo de teatro O Imaginário está agora em São Luís, Maranhão, para fazer várias apresentações e, claro, conhecer bem a cidade, já que ficaram 1 mês lá e depois 1 mês na capital da Paraíba. E tudo está sendo postado no blog, com diário de bordo, fotos e dicas de passeios nessas cidades. Eu infelizmente não pude ir junto, mas estou cuidando do blog com o material que eles vão me passando.
Esses são os que eu consegui lembrar hoje, se lembrar de mais algum depois, eu venho aqui editar. Então, se você gosta de planejar viagens você mesmo, vai ter bastante material para pesquisa com esses blogs! Ou se quer ficar apenas viajando com as fotos…
E não esqueça de visitar sempre o Um Tempo Fora também, em breve virão mais dicas sobre outras cidades! Se preferir curta a página no Facebook e siga o blog por e-mail, colocando seu e-mail ali no campo ao lado e clicando em “seguir”.
Qual blog de viagem você mais gosta de ler? Você escreve algum? Deixe o link nos comentários!

3 motivos para viajar enquanto jovem

Você já parou pra pensar se está fazendo o que realmente quer? Se está desperdiçando seu tempo apenas com trabalho e coisas materiais enquanto queria estar por aí conhecendo o mundo?

mundo

Achei um texto hoje que fala exatamente sobre o melhor momento para viajar. E já faz um tempo que eu venho pensando nisso, por isso gostei tanto do texto e acho que ele apareceu na hora certa. Claro que nunca é tarde para viajar, pra aprender, pra conhecer lugares diferentes. Acho mesmo que eu vou estar fazendo isso com 60 anos. Mas acho que o momento mais decisivo mesmo é na juventude. Porque é nessa época que o mundo nos faz tanta falta. Essa época de curiosidade, de querer aprender tudo de uma vez, de querer saber falar várias línguas, de querer passar por lugares diferente e, quem sabe, na volta, dar mais valor ao nosso lugar. Ou descobrir que o nosso lugar é outro.

Enfim, só sei que o mundo é grande demais pra gente ficar 5, 10 anos trabalhando no mesmo lugar, reclamando das mesmas coisas. E, de acordo com o texto, os 3 principais motivos pelos quais devemos viajar enquanto somos jovens são:

1) Viajar ensina você que a vida é uma aventura

Quando você olha para trás em sua vida, você vai ter momentos em que terá orgulho e talvez alguns com arrependimento. Muito provável que a lista a seguir não será como a lista anterior de dúvidas:

· Anda de bicicleta na ponte Golden Gate

· Aparecer em uma televisão italiana.

· Fazer Hike em ruínas Maias.

· Aprender Espanhol em 3 meses

· Viajar pela Europa por trem

Por isso, o que vai ser?

Quais serão as escolhas que você irá se arrepender? Segurar-se. Ficar com medo. Criar desculpas. Não tomar riscos. Esperar.

Você deveria tomar um tempo para ver o mundo e provar a vastidão do mundo. Vale a pena qualquer que seja o investimento ou dinheiro ou sacrifício que pode exigir da sua parte.

Isto não é ser turista. Isto é sobre experimentar riscos verdadeiros e aventurar-se e assim não você não terá que viver com medo pelo resto da sua vida.

2) Viajar ajuda você a encontrar compaixão

Em sua juventude, você irá tomar decisões que te definirão. A disciplina que você criar agora ficará contigo pelo resto da sua vida.

Viajar irá mudar você como poucas coisas conseguiriam fazer. Isto colocará você em lugares que irá forçar você para situações maiores que você.

Se você ir para sudeste da Asia, você poderá encontrar tráfego de escravos e pessoas. Já na Europa oriental, você poderá ver os efeitos do genocídio e perseguição religiosa. Se for Haiti, você testemunhará a feiura que é o lado paternalista ocidental.

E o seu coração irá estilhaçar.

Você começará a entender que o mundo é um lugar grande e pequeno. Você irá encontrar um novo respeito pela dor e sofrimento que mais de metade da população passa para suprir suas necessidades básicas.

E você irá se sentir mais conectado pela natureza de ser humano em um plano profundo e duradouro.

Você irá aprender a cuidar.

3) Viajar permite a você absorver culturas

Para conhecer o mundo e as magníficas pessoas que enchem o mundo. Não há nada como andar junto o Coliseu ou ver Michelangelo em pessoa.

Eu posso descrever a cidade de San Juan e suas maravilhosas praias e a história dos sítios para você, mas você realmente deve ver isto por si próprio para experimentar isso. Você pode ler todos os livros do mundo sobre a grande muralha da China ou o Louvre, mas indo para lá é uma história diferente.

O mundo é um lugar incrível, cheio de trabalhos em artes fora do comum. Veja isso.

Faça enquanto você é jovem. Não fique esbanjando tempo. Você nunca terá isso novamente.- Jeff Goins

Essa foi somente uma parte do texto Jeff Goins, para ler na íntegra (em inglês) clique aqui. Tem uma tradução em pdf disponível para download aqui.

Já comentei aqui no blog que ano que vem vou morar 6 meses na Irlanda, pra estudar inglês e pra realizar um sonho. Eu poderia deixar isso pra depois, poderia esperar até juntar mais dinheiro, até isso ou aquilo… mas, pra quê? Prestar concursos, comprar carro, casa, casar, isso eu posso fazer depois. Mas essa experiência, de morar fora e viajar, eu preciso ter agora.

Algumas pessoas acham que pra viajar (pra longe, ou por muito tempo) é preciso ter muito dinheiro, é difícil, é perigoso, precisa de companhia… Gente, já inventaram a internet! Digite qualquer cidade no google e você vai ver muita informação sobre ela. É só pesquisar e se planejar. Eu dou a maior força quando alguém diz que tem vontade de viajar, mas acha complicado, não tem coragem… O que eu não tenho coragem e de passar minha vida sem conhecer pelo menos um pouco desse mundo enorme!

Mochilão no Peru: o que levar na bagagem

Arrumar a mala (ou a mochila) é sempre um desafio, pelo menos para quem não consegue levar pouca coisa ou está indo para um lugar pela primeira vez. Vai fazer frio? Será que chove? O que usar? São muitas dúvidas! Então, para as meninas que pretendem ir passear por esse país incrível que é o Peru, vou contar o que levei, o que usei ou não, e o que deveria ter levado!

Qual é a sua mochila?

Antes de tudo, o que vamos levar depende de onde vamos levar, isto é, da sua mala ou mochila. Para essa viagem eu comprei uma mochila de 50L da marca Quechua, modelo Symbium Easyfit. Achei ela linda e foi ideal, porém seria pequena para um mochilão de 40 dias, por exemplo. E também tem a ver com a sua altura: eu sou alta, então poderia usar uma mochila maior se quisesse, já para as baixinhas, não é bom usar uma mochila muito grande! Ela deve se encaixar bem nas suas costas.

Não preciso falar o óbvio, né?…… Tá, eu falo: não leve muito peso e não leve muita roupa. Não precisa! Pratique o desapego e leve apenas roupas básicas, fáceis de combinar, um casaco quente, um tênis confortável, e pronto!

It’s all about the weather

O clima do local influencia totalmente na sua bagagem. No Peru faz frio. Em agosto, quando eu fui, quase não chove. Mas se você for em dezembro ou janeiro, por exemplo, pode preparar a capa de chuva (pra você e pra mochila), um calçado e algumas roupas impermeáveis.

Estilo da viagem

Se você vai fazer trilhas, ou algum passeio do tipo (mais aventura), provavelmente vai levar roupas mais técnicas, barraca, saco de dormir, essas coisas (mas lembre-se que sempre dá pra alugar esses equipamentos lá e evitar carregar esse peso). No meu caso fiz vários passeios mas nada muito puxado, então levei roupas normais e uma bota de trekking/tênis de aventura. Essa bota é da marca Macboot, uma das mais baratas desse estilo, e é confortável demais! Andei o dia inteiro por 13 dias com ela e não senti nenhuma dor, nenhuma bolha e nenhum cansaço nos pés.

Se você gosta de baladas e de sair à noite e faz questão de sair toda arrumada, leve uma botinha e uma bolsa. Eu não sou de festa e só saía de noite pra comer, então não levei nenhuma “roupa de sair”. Além disso, no Peru as cidades são lotadas de turistas, ninguém se preocupa em sair arrumadinho, vão pra noite de tênis e casaco esportivo mesmo. De salto, acho que não vi ninguém.

Mochila para 13 dias no Peru - estação seca

Agora sim, o que levar?! Fiz uma listinha adaptando o que eu levei e o que deveria ter levado, somei também os remédios e outras coisinhas.

  • Roupas:

1 calça jeans, 2 leggings, 1 calça esportiva (OU mais uma jeans), 1 casaco de frio, 1 cachecol, 2 blusas de frio (não muito grossas), 1 blusa de fleece, 4 blusas básicas, 1 blusa fininha de manga comprida, 1 camiseta e 1 calça de dormir, 1 top, 2 sutiãs, 2 pares de meias, 2 meia-calças, 6 calcinhas.

Lembrando que dessa listinha aí eu já fui usando: a calça jeans, um sutiã, uma blusa, um par de meias e uma blusa de frio amarrada na cintura.

  • Sapatos:

1 bota de trekking ou tênis bem confortáveis (que já vai usando) e 1 par de havaianas.

  • Necessaire pequena com remédios:

2 estomazil, 1 cartela de dorflex, 1 de naturax, 4 band-aids, 3 imosec.

  • Necessaire de higiene e maquiagem:

1 protetor solar para o rosto e 1 para o corpo, hidratante para o rosto, shampoo, condicionador, leave-in, sabonete líquido (todos esses em potinhos pequenos travel size), 1 hidratante labial, 1 BB Cream, 1 lápis preto, cotonetes, algodão, protetores diários (care free), 1 pente pequeno, 1 perfume pequeno.

  • Outros:

Carregador de celular e câmera, documentos (passaporte, reservas de hostel e passeios), 1 cadeado, 1 toalha.

Na mochila de ataque

Mochila de ataque é uma mochila pequena, dessas normais, que usamos durante o dia, pois como saímos cedo e ficamos passeando o dia inteiro, já podemos levar tudo nela: uma garrafa de água (super necessária), bolsinha com dinheiro e passaporte, mapa, uma blusa de frio, um lanchinho.

Nela eu levei o passaporte, dinheiro, cartões, reservas, um caderninho e caneta para fazer o diário de viagem, celular, câmera, carregadores, bolacha. E aí, todos os dias antes de sair do hostel, eu a arrumava com as coisas que ia precisar no dia.

Se ainda sobrar espaço…

…Leve: um secador de cabelo pequeno (pra não dormir de cabelo molhado no frio), uma chapinha pequena (se você não viver sem), um par extra de tênis (para caso você pegue uma chuva e o seu fique todo molhado), uma sacola/bolsa daquelas que dobram e ficam bem pequenas quando estão vazias (pra trazer os presentes e lembrancinhas na volta - eu tive que comprar uma lá).

O que eu não levei e comprei lá

Algumas coisas eu não levei porque seria mais barato comprar lá mesmo. Comprei: 2 toucas, 1 par de luvas, uma bolsinha pequena para carregar só celular, câmera e dinheiro, um casaco de fleece e impermeável, um meião de lã, um chapéu pra me proteger do Sol em Pisac, uma bolsinha de moedas, 2 camisetas. De presentes pra família apenas 1 touca e um cachecol e 2 canetas decoradas com lhamas. E uma bolsa de tecido transversal tipicamente peruana pra carregar isso que comprei.

Touca, cachecol, luvas, é tudo bem barato lá, então se você ainda não tem, não precisa comprar aqui. Roupa de frio e roupas de aventura (impermeável, fleece etc) também compensa comprar lá. E também só dá pra achar lá o remédio específico para o mal de altitude, é só entrar em qualquer farmácia e pedir soroche pills.

Não precisa levar adaptador de tomadas. São iguais às nossas aqui.

Mande lavar

Cidades turísticas são perfeitas para mochilões, porque você pode levar pouca roupa e ir lavando no caminho. No Peru são 3 a 5 soles por quilo de roupa para lavar, os próprios hostels e hostéis têm lavanderia, então é super prático. Não precisa levar muita roupa, é só ir usando e lavando.

Os mochileiros

No Peru eu quase não vi brasileiro. Vi famílias inteiras mochilando, vi idosos, muitos europeus, americanos, japoneses. E o perfil de todos era: bota de trekking ou tênis, calça esportiva, casaco de fleece e um impermeável por cima, pochete ou mochila. Cabelo amarrado pra cima de qualquer jeito e nenhuma maquiagem.

Então, relaxe! Não fique pensando se sua maquiagem vai caber, se seu cabelo está impecável… ninguém liga! Estão todo lá pra explorar as ruínas, apreciar as paisagens, tirar fotos, andar, cansar, andar mais um pouco.

Dia fresco e com Sol em Machu Picchu

Dia fresco e com Sol em Machu Picchu

Essa foto ilustra bem as roupas que eu usei lá: uma camisetinha por baixo, uma de lãzinha por cima e um casaco. Daí conforme ia esquentando ou esfriando eu ia tirando o casado e a blusa do meio. Nesse dia em Machu Picchu fez sol, e foi uma das poucas vezes que eu fiquei só com a camiseta. Mas de tarde, na hora de ir embora, esfriou novamente.

bota macboot

Companheira!

Minha nova paixão é essa botinha: super confortável, só tirava do pé pra tomar banho e dormir.

Tira casaco, amarra casaco...

Tira casaco, amarra casaco…

Eu de preto: legging, blusa folgadinha e esse meião de lã que comprei lá, gostei do estilo e muita gente estava usando. mas sei bem que não vou usar isso aqui no Brasil! É boa porque esquenta, usei por baixo da calça jeans também. O casado preto (sempre o mesmo) pendurado na mochila. A blusa de frio das meninas são como as que eu levei também, não muito grossas, dava pra aguentar um friozinho, e quando o frio aumentava, era só por o casaco por cima.

Bom, deu pra ver que o jeito mais prático de se vestir no Peru é em camadas: uma blusa + uma blusa de frio + um casaco. Aí você vai tirando conforme a variação de temperatura. A calça pode ser esportiva, legging ou jeans (vi pouca gente de short, só umas gringas que devem morar em algum lugar bem mais frio). Meia-calça por baixo só de noite, quando esfriava mais. Touca e luvas, o mesmo.