Buenos Aires: Puerto Madero (e além dele)

Puerto Madero, Buenos Aires

Puerto Madero é uma região nobre de Buenos Aires que você precisa conhecer num fim de tarde, para passear ao longo das docas, ou de noite, lá pelas 22h, para jantar num dos vários restaurantes.

Puerto Madero era um porto utilizado para descarregar mercadorias e passageiros, mas com o aparecimento de embarcações maiores, ele ficou obsoleto e deixou de ser usado, sendo revitalizado na década de 90. Hoje essa região abriga prédios enormes, um navio-museu, parques, escritórios, hotéis e restaurantes. Um bairro inteiramente reconstruído e revitalizado, que hoje é um dos pontos turísticos da cidade. Tem até um site oficial.

Se estiver perto da av. Corrientes ou Calle Florida, pode descer pra lá à pé. Eu já estava andando desde a Recoleta, e quando cheguei ao Obelisco, fiz a besteira de pegar um táxi porque não tinha pesquisado antes, não sabia que era perto. Mas basta um tênis confortável e você anda quase Buenos Aires inteira. Por exemplo, nesse dia eu visitei todos esses pontos à pé: Livraria El Ateneo, Cemitério da Recoleta, a Floralis Generica, a Faculdade de Direito, o Obelisco, Puerto Madero e a Casa Rosada.

No fim de tarde, ainda estava quase tudo fechado, alguns bares abrindo, mas já tinha muita gente passeando. O vento estava bem forte e fazia uns 10º, era setembro, início da primavera!

Restaurantes em Puerto Madero

Andei até quase o final das docas, dei a volta e fui voltando pelo outro lado, mas na metade do caminho paramos num mercadinho pra comprar um refrigerante e, quando olhamos para a parte de trás, pensamos “O que tem lá atrás? Parece ser legal, vamos ver…” esquecemos o Puerto e fomos andando, chegamos a uma praça enorme, com muita grama e árvores, com hotéis enormes e lindos em volta, pessoas jogando bola, famílias passeando. E mais adiante, uma feirinha de comida e artesanato, um calçadão com mais barracas e até gente dançando.

Costanera Sur

Costanera Sur

Eu nem sabia qual o nome daquele lugar, a gente batizou de “lugar legal atrás de Puerto Madero”. Gostamos porque era um ambiente mais popular, com poucos turistas, várias barraquinhas de comida barata. Tudo isso somando com o clima gostoso e um fim de tarde agradável: adorei o lugar! Ficamos um pouco por ali e foi uma pena não poder ficar mais, porque logo escureceu, as barraquinhas foram fechando e as pessoas foram saindo.

Essa região que conhecemos por acaso é a área da Costanera Sur, fica entre a Reserva Ecológica Costanera Sur e o Puerto Madero propriamente dito. Logo em frente à entrada da reserva tem a Fuente de las Nereidas, feita de mármore.

Fuente de las Nereidas em Buenos Aires

Ali eu comprei um choripan, que é um pão com uma linguiça dentro, muito popular lá. Apesar de ser bem saboroso, a linguiça estava um pouco dura. Quando escureceu, voltamos para a “parte turística” de Puerto Madero, dessa vez caminhamos pela outra margem e atravessamos a Puente de La Mujer, que agora já estava iluminada de azul. O barco-museu estava ancorado lá, e a entrada era, se eu me lembro bem, 2 pesos. Pode ser uma visita interessante.

Fim de tarde em Buenos Aires

Noite em Puerto Madero, Buenos Aires

Saímos de Puerto Madero e aproveitamos para ver a Casa Rosada de noite. Ela fica muito, muito iluminada! Toda rosa e com luzes coloridas nas fontes.Não tem nem como se perder: ali nas docas já dá pra ver… “siga a luz (rosa)”!

Casa Rosada, Buenos Aires

Depois, pegamos o metrô e voltamos para o hostel. Foi um dia inteiro caminhando por Buenos Aires.

Mochilão no Peru: o que levar na bagagem

Arrumar a mala (ou a mochila) é sempre um desafio, pelo menos para quem não consegue levar pouca coisa ou está indo para um lugar pela primeira vez. Vai fazer frio? Será que chove? O que usar? São muitas dúvidas! Então, para as meninas que pretendem ir passear por esse país incrível que é o Peru, vou contar o que levei, o que usei ou não, e o que deveria ter levado!

Qual é a sua mochila?

Antes de tudo, o que vamos levar depende de onde vamos levar, isto é, da sua mala ou mochila. Para essa viagem eu comprei uma mochila de 50L da marca Quechua, modelo Symbium Easyfit. Achei ela linda e foi ideal, porém seria pequena para um mochilão de 40 dias, por exemplo. E também tem a ver com a sua altura: eu sou alta, então poderia usar uma mochila maior se quisesse, já para as baixinhas, não é bom usar uma mochila muito grande! Ela deve se encaixar bem nas suas costas.

Não preciso falar o óbvio, né?…… Tá, eu falo: não leve muito peso e não leve muita roupa. Não precisa! Pratique o desapego e leve apenas roupas básicas, fáceis de combinar, um casaco quente, um tênis confortável, e pronto!

It’s all about the weather

O clima do local influencia totalmente na sua bagagem. No Peru faz frio. Em agosto, quando eu fui, quase não chove. Mas se você for em dezembro ou janeiro, por exemplo, pode preparar a capa de chuva (pra você e pra mochila), um calçado e algumas roupas impermeáveis.

Estilo da viagem

Se você vai fazer trilhas, ou algum passeio do tipo (mais aventura), provavelmente vai levar roupas mais técnicas, barraca, saco de dormir, essas coisas (mas lembre-se que sempre dá pra alugar esses equipamentos lá e evitar carregar esse peso). No meu caso fiz vários passeios mas nada muito puxado, então levei roupas normais e uma bota de trekking/tênis de aventura. Essa bota é da marca Macboot, uma das mais baratas desse estilo, e é confortável demais! Andei o dia inteiro por 13 dias com ela e não senti nenhuma dor, nenhuma bolha e nenhum cansaço nos pés.

Se você gosta de baladas e de sair à noite e faz questão de sair toda arrumada, leve uma botinha e uma bolsa. Eu não sou de festa e só saía de noite pra comer, então não levei nenhuma “roupa de sair”. Além disso, no Peru as cidades são lotadas de turistas, ninguém se preocupa em sair arrumadinho, vão pra noite de tênis e casaco esportivo mesmo. De salto, acho que não vi ninguém.

Mochila para 13 dias no Peru - estação seca

Agora sim, o que levar?! Fiz uma listinha adaptando o que eu levei e o que deveria ter levado, somei também os remédios e outras coisinhas.

  • Roupas:

1 calça jeans, 2 leggings, 1 calça esportiva (OU mais uma jeans), 1 casaco de frio, 1 cachecol, 2 blusas de frio (não muito grossas), 1 blusa de fleece, 4 blusas básicas, 1 blusa fininha de manga comprida, 1 camiseta e 1 calça de dormir, 1 top, 2 sutiãs, 2 pares de meias, 2 meia-calças, 6 calcinhas.

Lembrando que dessa listinha aí eu já fui usando: a calça jeans, um sutiã, uma blusa, um par de meias e uma blusa de frio amarrada na cintura.

  • Sapatos:

1 bota de trekking ou tênis bem confortáveis (que já vai usando) e 1 par de havaianas.

  • Necessaire pequena com remédios:

2 estomazil, 1 cartela de dorflex, 1 de naturax, 4 band-aids, 3 imosec.

  • Necessaire de higiene e maquiagem:

1 protetor solar para o rosto e 1 para o corpo, hidratante para o rosto, shampoo, condicionador, leave-in, sabonete líquido (todos esses em potinhos pequenos travel size), 1 hidratante labial, 1 BB Cream, 1 lápis preto, cotonetes, algodão, protetores diários (care free), 1 pente pequeno, 1 perfume pequeno.

  • Outros:

Carregador de celular e câmera, documentos (passaporte, reservas de hostel e passeios), 1 cadeado, 1 toalha.

Na mochila de ataque

Mochila de ataque é uma mochila pequena, dessas normais, que usamos durante o dia, pois como saímos cedo e ficamos passeando o dia inteiro, já podemos levar tudo nela: uma garrafa de água (super necessária), bolsinha com dinheiro e passaporte, mapa, uma blusa de frio, um lanchinho.

Nela eu levei o passaporte, dinheiro, cartões, reservas, um caderninho e caneta para fazer o diário de viagem, celular, câmera, carregadores, bolacha. E aí, todos os dias antes de sair do hostel, eu a arrumava com as coisas que ia precisar no dia.

Se ainda sobrar espaço…

…Leve: um secador de cabelo pequeno (pra não dormir de cabelo molhado no frio), uma chapinha pequena (se você não viver sem), um par extra de tênis (para caso você pegue uma chuva e o seu fique todo molhado), uma sacola/bolsa daquelas que dobram e ficam bem pequenas quando estão vazias (pra trazer os presentes e lembrancinhas na volta - eu tive que comprar uma lá).

O que eu não levei e comprei lá

Algumas coisas eu não levei porque seria mais barato comprar lá mesmo. Comprei: 2 toucas, 1 par de luvas, uma bolsinha pequena para carregar só celular, câmera e dinheiro, um casaco de fleece e impermeável, um meião de lã, um chapéu pra me proteger do Sol em Pisac, uma bolsinha de moedas, 2 camisetas. De presentes pra família apenas 1 touca e um cachecol e 2 canetas decoradas com lhamas. E uma bolsa de tecido transversal tipicamente peruana pra carregar isso que comprei.

Touca, cachecol, luvas, é tudo bem barato lá, então se você ainda não tem, não precisa comprar aqui. Roupa de frio e roupas de aventura (impermeável, fleece etc) também compensa comprar lá. E também só dá pra achar lá o remédio específico para o mal de altitude, é só entrar em qualquer farmácia e pedir soroche pills.

Não precisa levar adaptador de tomadas. São iguais às nossas aqui.

Mande lavar

Cidades turísticas são perfeitas para mochilões, porque você pode levar pouca roupa e ir lavando no caminho. No Peru são 3 a 5 soles por quilo de roupa para lavar, os próprios hostels e hostéis têm lavanderia, então é super prático. Não precisa levar muita roupa, é só ir usando e lavando.

Os mochileiros

No Peru eu quase não vi brasileiro. Vi famílias inteiras mochilando, vi idosos, muitos europeus, americanos, japoneses. E o perfil de todos era: bota de trekking ou tênis, calça esportiva, casaco de fleece e um impermeável por cima, pochete ou mochila. Cabelo amarrado pra cima de qualquer jeito e nenhuma maquiagem.

Então, relaxe! Não fique pensando se sua maquiagem vai caber, se seu cabelo está impecável… ninguém liga! Estão todo lá pra explorar as ruínas, apreciar as paisagens, tirar fotos, andar, cansar, andar mais um pouco.

Dia fresco e com Sol em Machu Picchu

Dia fresco e com Sol em Machu Picchu

Essa foto ilustra bem as roupas que eu usei lá: uma camisetinha por baixo, uma de lãzinha por cima e um casaco. Daí conforme ia esquentando ou esfriando eu ia tirando o casado e a blusa do meio. Nesse dia em Machu Picchu fez sol, e foi uma das poucas vezes que eu fiquei só com a camiseta. Mas de tarde, na hora de ir embora, esfriou novamente.

bota macboot

Companheira!

Minha nova paixão é essa botinha: super confortável, só tirava do pé pra tomar banho e dormir.

Tira casaco, amarra casaco...

Tira casaco, amarra casaco…

Eu de preto: legging, blusa folgadinha e esse meião de lã que comprei lá, gostei do estilo e muita gente estava usando. mas sei bem que não vou usar isso aqui no Brasil! É boa porque esquenta, usei por baixo da calça jeans também. O casado preto (sempre o mesmo) pendurado na mochila. A blusa de frio das meninas são como as que eu levei também, não muito grossas, dava pra aguentar um friozinho, e quando o frio aumentava, era só por o casaco por cima.

Bom, deu pra ver que o jeito mais prático de se vestir no Peru é em camadas: uma blusa + uma blusa de frio + um casaco. Aí você vai tirando conforme a variação de temperatura. A calça pode ser esportiva, legging ou jeans (vi pouca gente de short, só umas gringas que devem morar em algum lugar bem mais frio). Meia-calça por baixo só de noite, quando esfriava mais. Touca e luvas, o mesmo.

A culinária no Peru

Achei que esse tema merece um post separado por dois motivos: você pode comer muito bem lá e, por outro lado, precisa tomar cuidado. Sério.

O básico

Em todos os restaurantes que fomos (experimentamos vários, raramente a gente repetia algum), a base dos pratos era: arroz, batata (papa), pouca salada e um frango, peixe ou carne. O frango (pollo) é o mais popular. Frito então, tem em toda esquina, ou “a la plancha” (grelhado). O peixe era sempre a trucha, servida geralmente frita ou grelhada. E a carne de boi (carne de res) não é o forte deles, mas o prato chamado lomo saltado é bem popular, que é carne cortada com legumes e molho.

A batata vinha geralmente frita. Salada, só algumas rodelas finas de pepino, tomate e alface. No almoço em Puerto Maldonado (que é mais perto da fronteira com o Brasil) ainda tinha feijão, mas depois não o vimos mais. Tem bastante ceviche, que é pescado cru marinado no limão ou lima, com cebola e pimenta. Beeem apimentado.

Nos almoços tipo buffet, a comida é mais farta, tem vários tipos de salada, macarrão, carnes. Mas nos centros de Cusco, Arequipa e Ollantaytambo não vimos nenhum buffet, somente nos passeios turísticos, que já tínhamos fechado o almoço no pacote com a agência (em Urubamba, no passeio do Valle Sagrado, e em Chivay, no passeio do Valle del Colca).

Tem vários restaurantes em cada quadra da cidade. Tem os de comida italiana, os tradicionais, os de comida chinesa misturada com peruana (chamada chifa), os de pizza, e os de grandes redes como Mc Donald’s, KFC, Burguer King, Starbucks. O frango frito do KFC era uma delícia, enquanto do McDonald’s não gostei. Comemos em vários tipos de restaurante, escolhíamos pela cara mesmo ou quando a gente estava morrendo de fome, entrava logo no primeiro. Em todos, a comida demorou bastante pra chegar.

Em geral, a comida não é muito diferente da nossa. Arroz, batata frita, frango, carne e peixe. E o melhor: é barato! Eu que não costumo gastar muito com comida nas viagens, sempre prefiro um lanche rápido, mas no Peru almocei e jantei todos os dias e gastava em média 20 ou 25 soles por refeição, com bebida.

Café da manhã

O café da manhã é tranquilo, tem vários tipos. Em todos os restaurantes tinha o “café americano”, que é ovos mexidos com torrada, café, suco e chocolate quente por 8 soles, o “café continental”, além de outros tipos de desayuno. Quando ficamos no hostel Pariwana, em Cusco, o café estava incluído na diária e era muito bom: leite quente e frio, água quente, café, 3 tipos de pão, manteiga e 2 tipos de geléia. Já nos outros, ou não tinha ou era muito fraquinho, mas ir tomar café na rua é bem legal, porque tem várias opções e é barato.

Uma coisa que eu achei legal lá é que o mesmo restaurante abria logo cedo e servia café da manhã, depois almoço e depois jantar, e ficava aberto o dia todo caso você quisesse comer fora de hora! Aqui no Brasil geralmente só servem almoço e jantar, e aqui em Porto Velho nem isso, alguns são só almoço ou jantar, não abrem domingo e segunda, quem dirá servir café da manhã.

Café da manhã em Ollantaytambo

Café da manhã em Ollantaytambo

Bebidas

Sobre as bebidas, a primeira coisa que deve saber: elas não são geladas. Meu pai sofreu em cada restaurante com as cervejas, elas vinham no máximo levemente frias, e isso já era gelado pra eles. No geral, eles nãos usam freezer para as bebidas, então a dica é, quando chegar ao restaurante, antes de escolher os pratos, antes mesmo de sentar, já peça ao garçom para colocarem a cerveja ou refrigerante no congelador pra você!

Depois de uns dias, você se acostuma. Já que lá é frio, não sofremos muito com isso. Logo a gente já pegava a água ou o gatorade na prateleira mesmo e bebia, andava com a garrafa o dia inteiro na mochila e ela ainda ficava “bebível”.

Das bebida tradicionais, experimentei duas: a chicha morada (tipo um suco feito com milho roxo, limão, canela, não gostei muito) e o pisco sour (álcoólica, feita com pisco, que é uma aguardente feita de uva, com suco de limão e clara de ovo). Tem o pisco puro (esse era o que o meu pai pedia, que é o mais parecido com a nossa cachaça).

O refrigerante mais famoso lá é o Inca Kola, ele é amarelo e tem gosto de chiclete, bem doce. Esse é um daqueles que só fica bom bem gelado. A cerveja de Cusco é a Cusqueña, não sou fã de cerveja, mas admito que é boa! Em Arequipa tem a Arequipeña (que, segundo a parte cervejística da viagem, não é tão boa) e não, em Puno não tem a Puñeña.

Não posso deixar de citar também o chá de coca! Tomamos várias vezes, não tem muito gosto, mas é muito bom para o mal de altitude. Não deixe de tomar assim que chegar lá! No hostel que ficamos tinha uma garrafa térmica enorme no pátio, com chá grátis a qualquer hora do dia. Serviam também em lojas e claro, nos restaurantes.

Cusqueña, Inca Kola e Pisco Sour

Cusqueña, Inca Kola e Pisco Sour

Veja as receitas: pisco sour e chicha morada.

Principais pratos

O que tinham em todos os restaurantes: Pollo a la plancha (frango grelhado), pollo crujiente/broaster (frango frito), lomo saltado (carne de boi com legumes), trucha (peixe), sopas (a mais comum parece ser de quinua). Os acompanhamentos são arroz e batata (quase sempre) e, às vezes, salada.

Como lanche, vendidos nas ruas e principalmente nos pontos turísticos, tem o “milho gigante”, cozido, com os grãos enormes, uma delícia! Eles cultivam mais de 30 tipos de milho. A banana frita e sequinha também é vendida nos saquinhos, como chips, igual aqui em Rondônia. Comemos também uma massa de batata assada com recheio de carne moída.

Em Arequipa o queso helado é bem famoso. Mas não tem nada de queijo, viu? É um sorvete de creme com canela. Compramos um bem em frente da Plaza de Armas, mas depois no Mirador de Carmem Alto experimentamos um que era mais saboroso e mais docinho.

O doces são bons, mas não me impressionaram muito, e olha que eu amo doces! Entramos uma vez em uma doceria e tinha donuts, torta de limão, alfajor (parece um biscoito grande de massa quebradiça, recheado com doce de leite e com açúcar de confeiteiro por cima, muito bom), mil folhas e outros.

Culinária peruana: frango e sopa de quinua

Macarrão com frango e milho, Sopa de quinua e queijo

trucha

Trucha a la planha e papa recheada com carne

Pollo frito do KFC e queso helado de Arequipa

Pollo frito do KFC e queso helado de Arequipa

doces peruanos

Doces e Sanduíche con papas fritas

Em Machu Picchu

Em Machu Picchu Pueblo (ou Aguas Calientes), há vários restaurantes com esses mesmos pratos. Já no sítio arqueológico propriamente dito, só há uma lanchonete e os preços são bem caros, vendem cachorro-quente e outros lanches do tipo. Para comida, tem um restaurante, mas nesse nem entrei. Aliás, nem comprei nada lá, comi os lanchinhos que levei na mochila. É proibido comer lá dentro, mas me diz como sobreviver a um dia todo de passeios, subidas, montanhas, sem comer? Eles não revistam a mochila e todo mundo leva lanche, é só guardar todo o seu lixo e não deixar nada lá. Se for comprar algo lá, compre logo na entrada, pra não ter que voltar tudo depois. No ponto de ônibus que sobe pra Machu Picchu tem vários mercadinhos. Leve bastante água, porque além da altitude, lá ainda faz bastante sol, pelo menos em agosto, saí de lá queimada.

Por que tomar cuidado

Em primeiro lugar, por causa da água: só beba água mineral (uns 3 litros por dia), refrigerante e cerveja. Suco, só se você ver sendo feito. Já tinham avisado isso, que a água lá não é tratada e pura e eles não ligam, mas mesmo assim eu bebi limonada umas duas vezes, e suco de laranja. Não sei se foi só por causa disso, ou pela comida também, mas eu passei muito mal. Metade da viagem eu passei sem conseguir comer mais nada, enjoada e vomitando muito.

Segundo: a comida é muito temperada, apimentada. É bom pegar leve, não misturar várias coisas diferentes nos restaurantes self-service e não abusar das frituras.

Terceiro: na altitude a digestão é mais lenta, então se você comer muito, vai ficar com o estômago cheio e pesado por mais tempo.

Eu simplesmente cometi esses três erros: bebi sucos, comi fritura e em um dos dias comi muito. Não façam isso!

Obs.: Pesquisando sobre as bebidas, encontrei um site bem bacana: Cultura Peruana.

Obs. 2: Quem aí também ficou sem conseguir ver frango por pelo menos um mês depois de voltar?

Mais sobre o Peru:

As estradas no Peru

Roteiro: Peru via Acre, de ônibus

Como comprar seu ingresso para Machu Picchu

As estradas no Peru

As estradas no  Peru

Minhas impressões depois de andar de ônibus e van desde a fronteira até Cusco, Arequipa e Puno.

Antes de começar a viagem, eu já sabia que as estradas no Peru eram boas, bem melhores que no Brasil, porém, elas davam um pouquinho de medo: muitas curvas e precipícios bem ao lado da sua janela. O que é verdade, mas não cheguei a ficar com medo. Outra coisa que falavam é que os motoristas eram meio loucos: dirigiam à toda nas curvas e estradinhas estreitas.

Saindo de Rio Branco, vamos pela Estrada do Pacífico, que dentro do território brasileiro é identificada como BR-317, enquanto no Peru é chamada de Carretera Interoceanica. Na parte acreana, muitos buracos e alguns trechos em reforma, até cruzar a fronteira.

Estrada do Pacífico

Começando pelo primeiro trecho: Iñapari x Puerto Maldonado. Iñapari é a primeira cidade logo após a fronteira com o Brasil (Assis Brasil é a última cidade brasileira), e lá peguei uma van para Puerto Maldonado, que é uma cidade maior, tem aeroporto e rodoviária com milhares de ônibus saindo para Cusco. Bom, o caminho entre uma e outra é ótimo, a estrada lisinha como um tapete, só que a cada 20 minutos passamos por umas pequenas vilas na beira da estrada, com algumas casas, e antes, durante e depois dessas vilas tinha muitas lombadas. Por isso, o motorista andava quase parando. Quando não tinha lombada, ele andava devagar também (acho que é um costume deles), fora que as vans que fazem esse trecho normalmente são velhas e não correm mesmo.

Puerto Maldonado x Cusco. Eu fiz esse trajeto de ônibus e durante a noite/madrugada, portanto não cheguei a ver a estrada, só a sentir. E senti muitas curvas! Novamente estrada sem buracos. Chegando mais perto de Cusco, muitas curvas mesmo, super fechadas, o ônibus não ficava nem 30 segundos em linha reta e já virava… ainda bem que com tudo escuro não dá pra ver se do lado tinha precipício! Nessa parte também tem a questão da altitude, pois vamos subindo, passamos pelo ponto mais alto da estrada que é 4.735m, e chegamos em Cusco que é 3.360m. Mas eu não percebi essa subida, acho que só dá pra reparar durante o dia. O que causa um pouco de desconforto mesmo são as curvas. Em Puerto Maldonado ainda é calor e a vegetação é igual no Brasil, com muitas árvores, folhas, mato. Chegando nem Cusco, muito frio, pouca vegetação e muitas montanhas.

Cusco x Ollantaytambo. Esse caminho percorre o Vale Sagrado, que é uma das coisas mais lindas que já vi! A estrada é tranquila, com curvas e trechos retos, sempre acompanhada pelo Rio Urubamba seguindo a estrada. Passa por entre montanhas, cidadezinhas, vilas, pastos…

Ollantaytambo x Cusco (passando por Maras e Moray). Outro caminho lindo!! Com a estrada ótima, passamos por povoados, com montanhas nevadas à esquerda… fui olhando pela janela o tempo todo, mesmo com sono, não queria dormir e perder de ver tudo.

Estrada no Peru

Cusco x Arequipa e Arequipa x Puno. Outros dois trechos que fiz de noite, mas dessa vez não sentir muitas curvas.

Puno x Cusco. O caminho é legal também, logo na saída subimos um pouco e temos uma bela visão do Lago Titicaca e o porto, depois é uma estrada normal, muito boa, passando por pequenas cidades, plantações, pastos, rio, ponte.

Na volta, no trecho Cusco x Puerto Maldonado, logo na saída já enfrentamos as curvas, dessa vez eu estava acordada ainda e pude reparar bem. Apenas um pedacinho da estrada estava com terra e cascalho, acho que em obras, mas fora isso, é jeito é se tranquilizar e dormir. Me pareceu que os motoristas já conhecem cada metro do caminho e dirigem devagar, apesar de já ter lido o contrário. Ou talvez eu tenha tido sorte em pegar uns calminhos! Algumas partes da estrada (mais trechos internos entre lugares turísticos, como as estradinhas para chegar em Maras e Moray) era bem estreitas, que não dava pra passar dois carros lado a lado. Aí um tinha que esperar, manobrar e deixar o outro passar.

Vale a pena ir de carro?

Eu não fui, mas acho que vale, sim. As estradas são boas, o visual é lindo e você pode parar quantas vezes quiser para apreciar e tirar fotos. Sem contar que você faz esse trecho Puerto Maldonado x Cusco de dia, dizem que o caminho é lindo! E o melhor: não vão entrar peruanas no seu carro às 2h da manhã vendendo pan e arroz con pollo.

Na Aduana em Iñapari é preciso pegar uma autorização para a entrada do veículo, e isso pode ter uma certa burocracia. O proprietário deve estar presente. Achei dois blogs que contam sobre essa viagem de carro, com informações atualizadas: Pé na Estrada e Acre Duas Rodas. Aliás, muita gente vai de moto também!

Roteiro: Peru via Acre, de ônibus

As companhias aéreas vivem fazendo promoção para Cusco ou Lima, mas sempre saindo de São Paulo ou Rio de Janeiro, e para quem mora em Rondônia, Acre e Amazonas, o meio mais barato é o bom e velho ônibus.

Direto

Saindo de Rio Branco, Acre, há uma empresa que vai direto para Cusco, que é a Movil Tours, mas só nos dias de quarta e sábado, às 10 da manhã, chegando lá no dia seguinte bem cedo. Ele para na fronteira para você fazer os trâmites e há uma troca de ônibus em Puerto Maldonado, depois segue para Cusco. A passagem custa R$ 152,00 (aproximadamente, não sei se ainda é esse valor).

Vários trechos

Como eu cheguei em Rio Branco numa quinta, não pude pegar o ônibus direto. Então tive que fazer o trajeto quebrado, com táxi, van e ônibus, que parece complicado, mas não é! Abra o google maps, olhe as cidades para se localizar melhor, e siga os passos:

  • De Rio Branco a Assis Brasil/Iñapari: Esse trecho pode ser feito de ônibus ou táxi. A Real Norte tem ônibus às 6h e 12h, mas deve ter outras também. O preço é aprox. R$ 40,00 e a viagem dura umas 6h. Como chegamos muito cedo, não quisemos esperar e pegamos um táxi para nos levar até a fronteira. O valor combinado ficou R$ 65,00 por pessoa (ATENÇÃO: deixe bem combinado com o taxista o valor por pessoa e o local onde ele vai te deixar).

Depois de umas 3 horas de viagem, chegamos à entrada da cidadezinha chamada Assis Brasil, que fica na fronteira com o Peru. É aí que temos que passar na Polícia Federal para dar saída do país e carimbar nosso passaporte (ou apresentar o RG). Não é necessário entrar na cidade. Depois da PF, o taxista pode te deixar em Iñapari, que é o lado peruano, onde você deve passar pela Aduana e dar entrada no Peru. Os taxistas brasileiros só vão até aí.

Lembrando que a fronteira Assis Brasil/Iñapari não é só atravessar a rua. Tem um bom trechinho de caminhada então é melhor combinar com o taxista o seguinte: te esperar na PF brasileira e depois te deixar em frente à Aduana de Iñapari (fica no centro, na avenida principal). Logo na frente da Aduana, mulheres vão te abordar oferecendo câmbio. Nós trocamos com a Tuka, que tem uma banquinha/lanchonete, ela é brasileira e você pode trocar dinheiro com segurança! Troque seus reais ou dólares por soles (uma dica: aí foi a melhor cotação para dólares e pior para dólares, troque apenas o necessário para chegar a Cusco e troque o restante lá).

Plano B: Caso você não consiga táxi nem ônibus para Assis Brasil, divida os trechos: ônibus ou táxi para Brasiléia, e de lá outro para Assis Brasil.

  • De Iñapari a Puerto Maldonado: Depois de carimbar os passaportes (guarde bem o papel branco que eles te dão) e trocar um pouco do nosso dinheiro por soles, encontramos uma van ali mesmo na frente da Aduana peruana, que estava prestes a sair, perguntamos quanto e era 35 soles por pessoa. O rapaz guardou nossas mochilas no teto da van e entramos. A van era bem desconfortável, mas tudo bem, afinal é uma viagem curta até Puerto Maldonado, né? Não! São 4 horas de viagem em ritmo lento (os motoristas não correm), numa van desconfortável e com o clima muito quente ainda.
  • De Puerto Maldonado a Cusco: depois de uma viagem calorenta, chegamos a Puerto Maldonado, a van só ia até uma rua no centro, mas por 3 soles a mais, nos deixou na rodoviária (que a partir daqui você só vai chamar de terminal terrestre ou terrapuerto, se disser “rodoviária” eles não vão entender). Já era de tarde, compramos a passagem para Cusco com a empresa Los Chankas, por 50 soles, e deixamos as mochilas guardadas com eles. No terminal não há nenhuma lanchonete, então saímos pra almoçar, de depois tomamos banho no terminal e ficamos esperando até embarcar às 8 da noite. A viagem não foi tão confortável, e chegamos a Cusco bem cedinho no dia seguinte.

Posto da Polícia Federal na fronteira do Brasil e Peru

Fronteira Brasil - Peru

Fronteira Brasil - Peru

Logo após passar na PF

Van do Acre ao Peru

Van de Iñapari a Puerto Maldonado

Terminal rodoviária de Puerto Maldonado

Terminal terrestre de Puerto Maldonado

Para a volta

Direto: a Movil Tour sai às segundas e quintas.

Por trechos:

  • De Cusco a Puerto Maldonado: Há vários ônibus saindo todos os dias, os preços variam, escolhemos dessa vez a Civa. Um detalhe é que os ônibus sempre podem ser piores do que as fotos que existem nos guichês! Então não espere um ônibus super bom, principalmente se pegar os mais baratos. Saímos às 8 e meia da noite e chegamos em Puerto Maldonado umas 7 ou 8 da manhã.
  • De Puerto Maldonado a Iñapari: Do terminal, pegamos um táxi até o centro, na “avenida das vans” (não sei o nome da rua, mas é só perguntar das vans para Iñapari que eles sabem). Nessa rua, tinha uma van esperando lotação, combinamos por 35 soles por pessoa e saímos. Novamente não era nada confortável, sem contar que pifou no meio do caminho. Depois de 4 horas chegamos em Iñapari, trocamos algum dinheiro que sobrou, passamos na Aduana, e voltamos pra van, ele nos deixou em Assis Brasil, em frente à praça. Nisso já era quase 1 da tarde. A cidade é bem pequena e só tinha um restaurante por perto. Na praça há táxis que vão a Rio Branco por R$ 75,00 por pessoa. Também há ônibus, mas não tem rodoviária, o ponto é na esquina da praça e ninguém sabia nos informar muita coisa, apenas que ele passava às 3 da tarde.

Preferimos não pegar esse ônibus porque podia ser muito demorado ou pinga-pinga. Pegamos um táxi que só podia ir até Brasiléia, por R$ 50,00, ele nos esperou na PF para dar entrada novamente no Brasil, e chegando em Brasiléia ele chamou um colega, trocamos de carro e esse segundo taxista nos levou de Brasiléia a Rio Branco por R$ 25,00. Chegamos em Rio Branco 8 da noite, e já corremos para comprar passagens para Porto Velho, para as 21h. Deu tempo de ir ao banheiro, fazer um lanche rápido e embarcar, chegando em Porto Velho às 6 da manhã.

As estradas

As estradas do Acre alternam entre trechos com muitos buracos, muitos mesmo, e outros bons. Já no Peru, todas as estradas pelas quais passamos estavam ótimas, sem buracos, o “problema” é somente as curvas e precipícios, algumas são bem estreitas, mas os motoristas não correm e pelo visto conhecem bem o local, então não precisa se preocupar.

Dicas

É uma viagem bem cansativa, mas bem mais econômica do que avião, pelo menos para nós. A dica de ouro é combinar bem com os motoristas ANTES, pois de Rio Branco a Iñapari, por exemplo, o taxista quis nos cobrar mais caro chegando lá. Não espere muito conforto nas viagens de van. ônibus de Puerto Maldonado a Cusco (e vice-versa) existem muitos, pesquise os preços e serviços oferecidos. A melhor delas, e mais cara, é a Cruz del Sur.

Roteiro e Valores

Fizemos uma viagem de 13 dias pelo Peru, todos os trechos de ônibus. No dia 31.07 o trecho foi Porto Velho-Rio Branco, com saída às 21h e chegando às 4:30 da manhã do dia 01.08. Nesse mesmo dia fizemos os trechos Rio Branco a Assis Brasil/Iñapari, Iñapari a Puerto Maldonado, e de noite Puerto Maldonado a Cusco, chegando em Cusco no dia 02.08 às 6 ou 7h da manhã. Na volta, saímos no dia 11 de noite de Cusco, chegando a Puerto Maldonado às 7h no dia 12, saímos em seguida para Iñapari/Assis Brasil, e de lá para Brasiléia e Rio Branco, chegando na capital acreana às 20h. Saímoa às 21h para Porto velho e chegamos às 5h da manhã do dia 13.08.

O que gastamos com chegada e saída de Cusco foi:

Porto Velho a Rio Branco (Real Norte) R$65,50

Rio Branco a Iñapari (táxi) R$65,00

Iñapari a Puerto Maldonado (van) S/38,00 (aprox. R$32,00)

Puerto Maldonado a Cusco (Los Chankas): S/40,00 (aprox. R$33,00)

Cusco a Puerto Maldonado (Civa): S/50,00 (aprox. R$41,00)

Puerto Maldonado a Assis Brasil (van): S/35,00 (aprox. R$29,00)

Assis Brasil a Brasiléia (táxi): R$50,00

Brasiléia a Rio Branco (táxi): R$25,00

Rio Branco a Porto Velho (Real Norte): R$65,00

Total gasto com ida e volta, de Porto Velho a Cusco: R$ 405,50

Diário de Viagem: Peru

Diário de Viagem: Peru

Essa foi a primeira viagem que fiz e anotei várias coisas, como nomes, preços e dicas, pra poder escrever tudo e me lembrar sempre, além de ajudar quem vai fazer a mesma viagem e está na fase de planejamento!

Vou fazer os posts de cada dia de viagem: de 1 a 13 de agosto de 2013. Aí vou editando esse post para colocar os links das postagens.

E quem quiser ler o meu relato de viagem que estou postando no fórum Mochileiros.com é só clicar aqui.

peru

Peru - roteiro antes e depois

Antes de postar o Diário de Viagem, vou falar sobre o roteiro que fiz para o Peru, que na verdade foram 2: o planejado e o executado! Sim, porque algumas coisas sempre mudam em cima da hora.

Eu adoro fazer roteiros antes de uma viagem e deixar tudo organizadinho, com datas, endereços, telefones, hotéis reservados. Mas sei que nem sempre os planos se concretizam conforme a gente tinha pensado, às vezes é preciso mudar/adaptar o roteiro, por causa de um imprevisto ou só por vontade mesmo.

Nessa viagem ao Peru eu tinha 13 dias entre ida e volta. Organizei os dias conforme eu achei que seria melhor, mas chegando lá, algumas coisas mudaram.

Era assim…

Dia 0 - Porto Velho / Rio Branco
Dia 1 - Rio Branco / Puerto Maldonado
Dia 2 - Cusco
Dia 3 - Cusco
Dia 4 - Cusco (Vale Sagrado)
Dia 5 - Machu Picchu
Dia 6 - Cusco
Dia 7 - Arequipa
Dia 8 - Arequipa (passeio do Colca)
Dia 9 - Arequipa (passeio do Colca)
Dia 10 - Puno (saída p/ Cusco noite)
Dia 11 - Cusco (saída p/ Puerto Maldonado noite)
Dia 12 - Puerto Maldonado / Rio Branco
Dia 13 - Porto Velho

E ficou assim:

Dia 0 - Porto Velho / Rio Branco
Dia 1 - Rio Branco / Puerto Maldonado
Dia 2 - Cusco
Dia 3 - Cusco
Dia 4 - Cusco (Vale Sagrado)
Dia 5 - Machu Picchu
Dia 6 - Ollantaytambo
Dia 7 - Arequipa
Dia 8 - Arequipa (passeio do Colca)
Dia 9 - Arequipa (passeio do Colca)
Dia 10 - Puno
Dia 11 - Puno - Cusco
Dia 12 - Puerto Maldonado / Rio Branco
Dia 13 - Porto Velho

No final a quantidade de dias ficou a mesma. As mudanças foram: No dia 5 voltamos de Machu Picchu e gostamos tanto de Ollantaytambo, que resolvemos dormir lá, em vez de seguir direto para Cusco na mesma noite. Aí na manhã seguinte, tomamos café e às 10h saímos para visitar Maras e Moray, chegando de tarde em Cusco. Ollanta é tão fofa que eu queria ter ficado mais!

E em Puno, chegamos bem cedo e fomos para os passeios Uros e Taquille, no fim da noite era pra voltar a Cusco, mas resolvemos dormir lá, e fomos só na manhã seguinte. Estava um friiiio e a gente achou que merecia um banho quente e uma noite de sono numa cama quentinha.

Achei que essas adaptações foram ótimas, pra descansar e conhecer melhor os lugares. Da próxima vez não vou fazer um roteiro tão corrido. Vou optar por ficar mais dias em menos cidades. Ah, e reservar quartos com menos camas e mais privacidade nos hostels!

Falando em hostel, eu fiquei no Pariwana em Cusco, no Casa del Abuelo em Ollantaytambo, no Supertramp em Aguas Calientes, no Sumac Wasi em Chivay, no Arequipay em Arequipa e no Qorikancha em Puno, e logo vou comentar sobre eles. Os próximos posts serão sobre o Peru - cidades, passeios, preços, dicas etc!

Rumo ao Peru!

Como comprar seu ingresso para Machu Picchu

Esses momentos e que eu confirmo alguma coisa - marco uma passagem, compro um ingresso - me emocionam! Ver meu nome ali escrito num papel ou na tela do computador, ao lado de algum lugar que eu queria muito conhecer, é uma das coisas mais legais de uma viagem ou da realização de qualquer sonho.

Eu nunca tive aquele sonho desde adolescente de conhecer Machu Picchu, como muitas pessoas têm. Mas desde o começo desse ano me interessei, comecei a pesquisar e vi que era possível - uma viagem incrível e barata para o meu bolso. E hoje comprei o ingresso para a cidade perdida dos incas, para o dia 5 de agosto de 2013. Comprei com cartão de crédito, direto no site oficial, mas também vou dar dicas de outros meios para comprar.

Site oficial

O site é: machupicchu.gob.pe, a compra nele é bem rápida. Você primeiro escolhe o local a visitar (Machu Picchu) e a rota. Aí entra o tipo de ingresso que você vai querer, que pode ser:

  • Machupicchu preço 128 soles

É o ingresso simples, que dá direito a visitar as ruínas da cidade inca, sem subir nas montanhas. qui você pode fazer a trilha para a Porta do Sol, que dá uma vista bem legal de tudo.

  • Machupicchu + Museo preço 150 soles

Você visita a cidade e o museu Manuel Chavez Ballon.

  • Machupicchu + Huaynapicchu 1G 7 - 8 a.m. preço 152 soles

Ingresso da cidade mais a subida à Montanha Huaynapicchu, ou Waynapicchu, que tem 2.693 metros. Neste grupo (1G) você deve começar a subida entre 7 e 8 da manhã.

  • Machupicchu + Huaynapicchu 2G 10 - 11 a.m. preço 152 soles

Mesma coisa do ingresso acima, só muda o horário de subida, que deve ser entre 10 e 11 da manhã.

  • Machupicchu + Montaña 7 - 11 a.m. preço 142 soles

Ingresso da cidade mais a subida à Montaña Machupicchu, que é mais alta que a Huaynapicchu, tem 3.082 metros. O horário em que você pode começar a subir é maior.

Depois de escolher a rota, clique na data, depois coloque a quantidade de pessoas e vai aparecer o preço. Clique em “Paso 2″ e preencha seus dados. Clique em “Paso 3″, revise os dados, a data, e se estiver tudo certo, clique em “generar reserva”. Salve e/ou imprima.

Com o número da reserva, clique na aba “pago” lá no menu de cima, depois preencha os dados do cartão de crédito internacional, siga os procedimentos de pagamento. Depois vá na aba “check in” e entre com o código da reserva, vai constar seu nome, data horário etc, clique em “imprimir ticket”.

Nora de imprimir o ticket: Imprima 2 cópias, pois uma é para entregar na entrada do Centro Arqueológico e a outra você guarda para qualquer imprevisto. Na entrada, é preciso apresentar o documento de identidade ou passaporte (o que você usou para comprar o ticket).

Cartão de crédito: o cartão usado na compra deve ser internacional, pois o site é do Peru, e você ainda precisa habilitá-lo para uso no exterior antes de comprar, dá pra fazer isso por internet banking, por telefone ou na sua agência. Uma coisa que incomoda muita gente que tenta comprar, é que nesse site eles exigem que o seu cartão seja “Verified by Visa”. O meu não tinha nada disso e consegui comprar. Também é importante que o cartão e o ingresso sejam da mesma pessoa, ou seja, se você efetuar a compra com o cartão do seu pai, por exemplo, e ele não for viajar, leve uma cópia do cartão dele e da identidade ou passaporte.

Por agência

Caso você não consiga ou não queira comprar pelo site oficial, pode fazer por meio de alguma agência de turismo peruana. É só entrar em contato com eles por site ou e-mail e dizer que quer comprar a entrada. Eles compram pra você mediante uma taxa, e o pagamento pode ser feito de várias maneiras, a mais comum é por transferência internacional.

Como disse, o eu ingresso eu comprei no site, mas os dos meus amigos, tive que pedir por agência, pois eles não tinham cartão internacional. Entrei em contato com a Rasgos del Peru, que é a agência do Hostel Pariwana, onde eu tinha feito reserva. Eles compraram os 4 ingressos Machupicchu + Montaña por 68 dólares cada. A transferência eu fiz por Western Union, direto da minha conta no banco do Brasil. Veja se compensa, pois além da taxa da agência, ainda tem a taxa de transferência da Western Union.

Outras agências que eu não utilizei, mas são bem recomendadas, são a Fabulous Peru Tours e a Lima Mentor.

Dicas

Para comprar o ingresso normal, o da Montaña e o do Museo, não precisa ser antecipado, mas para Huaynapicchu, eles se esgotam rápido. São só 400 por dia (200 em cada grupo), então é bom ficar de olho e comprar com no mínimo 1 mês de antecedência! O site informa a quantidade disponível por dia.

Caso você perca seu ingresso (ou faça como eu e esqueça em casa), é preciso entrar no site com o seu código de reserva e imprimir o ticket novamente. Eu percebi que tinha esquecido o meu quando já estava em Cusco. Falei com a minha mãe que estava em casa, ela achou o ingresso e me passou o código. Eu passei para a recepcionista do hostel e ela imprimiu pra mim. Por isso é bom já guardar esse código no seu e-mail.

a machu picchu

Planejando a próxima viagem… Peru!

Quando criei esse blog foi com a intenção de registrar os meus passeios e viagens por aí, pra contar as histórias e relembrar - porque minha memória é ruim mesmo! Porém, a última vez que viajei foi em setembro de 2012, já estou em abstinência! Até ano passado, eu nunca tive vontade de conhecer Bolívia, Peru, Chile, enfim, a América Latina em geral. Só queria ir pra Europa… MAS, uma promoção de milhas pra Buenos Aires me fez rever os conceitos e me apaixonei pela cidade!

Esse ano comecei a pesquisar pra onde poderia viajar, sem gastar muito, e conhecer lugares legais. Não lembro o que me fez pensar em Machu Picchu, mas o fato é que eu comecei a pesquisar e agora tô aqui anotando loucamente todas as informações sobre como chegar lá. Tenho que aproveitar que mor em Rondônia e é super barato ir daqui pro Peru e Bolívia, de ônibus mesmo.

Pois bem, o primeiro passo é saber quantos dias eu tenho pra essa viagem: 15 dias! Depois, escolher a cidades. Por enquanto escolhi Cuzco-Machu Picchu-Arequipa-Puno, não exatamente nessa ordem. Pelo que ando lendo, Cuzco é uma cidade incrível com muita coisa legal pra conhecer. MP nem preciso comentar, e Puno por causa do lago Titicaca e as ilhas flutuantes. Arequipa também parece ser legal, e tem o Valle Del Coca. Somo a isso alguma trilha (que nunca fiz na vida, mas vamos começar, né?) e já prevejo uma viagem maravilhosa!

Já estou fazendo uma lista de hostels recomendados e anotando o que vou ter que comprar: mochila e uma bota de caminhada, pelo menos. Não adianta gastar dinheiro aqui comprando tudo, pois lá é mais barato.

A parte mais importante de um planejamento é: o mapa! Ainda estou vasculhando o mapa do Peru e logo começo a montar o roteiro. Um site que me ajuda muito é o fórum Mochileiros.com. Não gosto de revistas de viagens e alguns sites, prefiro blogs e fóruns onde os viajantes/mochileiros postam suas experiências, acho mais verdadeiro.

Não falar nada de espanhol é a única coisa que me preocupa. Sei que não é tãooo necessário, porém, caso eu passe algum perrengue (sempre), vou precisar conversar, negociar, resolver… como? Gesticulando? Tem algum cursinho “aprenda espanhol para sobreviver aos perrengues na sua viagem?”. Se alguém souber, me passa aí!

valle del colca

Reza a lenda que o Deus Sol ao criar o primeiro Inca, Manco Capac, na Ilha do Sol, no meio do lago Titicaca, mandou que ele fundasse uma grande cidade e, para tanto, deveria procurar um local em que o solo fosse tão fértil que fosse possível enterrar por completo um cajado de ouro que o mesmo Deus o havia dado. Eles então puseram-se a caminhar rumo ao norte, e após muitas dificuldades chegaram ao vale do rio Urubamba. Manco Capac, deslumbrado com a vista que se apresentava, pressionou seu cajado contra o solo, e este desapareceu por completo. Ali fundou a cidade sagrada de Cuzco e nascia assim o Império Inca.

Tem como não querer conhecer um lugar assim?

Quem já foi, estou aceitando dicas! ;)

Comunidade de São Sebastião - Porto Velho, RO

Na Páscoa desse ano, atravessei o Rio Madeira e fui conhecer a Comunidade de São Sebastião, à margem esquerda do rio. Eu não gosto muito de barcos (tenho um pouco de medo de rios e mares), mas como estava com bastante gente, esqueci um pouco o medo e foi divertido!

O objetivo era fazer uma apresentação de uma peça infantil: Psiu, o Quarteto Vem Aí! do grupo O Imaginário. Para chegar é simples: ir até o Porto do Cai N’água, que é bem pertinho do centro da cidade, e lá pegar um dos vários barquinhos que ficam fazendo a travessia. O preço, se não me engano, é 5 reais a ida e 5 a volta. Nesse porto tem o Mercado do Peixe. Quando eu fui, estava um pouco bagunçado, pois o rio estava bem cheio e invadindo a rua, tinha umas madeiras improvisando uma ponte pra gente chegar até os barquinhos. Clique aqui para ver as fotos do Porto!

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Chegamos e ficamos esperando ainda uns 10 minutos até combinarmos com um dos barqueiros a travessia de todo mundo. Depois fizemos 2 viagens pra atravessar. Queria muito lembrar como é a denominação desses barcos (parecem voadeiras), mas esqueci! Enfim,subimos no barquinho, colocamos os coletes e fomos. O barco vai bem rápido e a gente se molha um pouco. Depois de alguns minutos já estávamos do outro lado do Rio Madeira.

Comunidade de São Sebastião

A comunidade ribeirinha tem aproximadamente 70 famílias vivendo lá. Não tem ruas e nem muros nas casas. O lugar transmite uma paz! Só que essa paz está ameaçada, com a cheia do rio e os banzeiros (as “ondas” que se formam e vão desbarrancando as beiradas de terra”), além, é claro, da construção da Usina Hidrelétrica logo ali perto. No dia anterior um pedaço do piso de um bar tinha caído, com a força das água, e o local tinha sido interditado. A senhor Rosaura, dona do bar, até chorou contando pra gente que agora ela não tem como ganhar dinheiro e sua casa também está em perigo. Aliás, a comunidade toda corre risco, pois há várias casas e até a igreja perto da margem.

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Na comunidade você pode almoçar num dos restaurantes na beira do rio, papear com os moradores, passear pelas trilhas e pela margem do rio, tem muitas árvores e sombra. São todos bem simpáticos, o único problema era esse que citei, gostaria de voltar lá em breve pra ver como as coisas estão! Depois da apresentação, distribuímos doces pras crianças e voltamos.

Achei uma alternativa bem legal pra quem está visitando Porto Velho e quer comer um peixe com uma bela vista do Rio Madeira: do lado da cidade, você vai em lugares “arrumados” e caros; do lado da comunidade, você estará num lugar mais simples, muito mais barato e com o bônus de estar numa verdadeira comunidade ribeirinha, que vai te receber bem. Lá não tem estrutura turística, os bares são frequentados pelos moradores mesmo, mas é uma visita muito legal.

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